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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

a última estação

A última estação


há cem anos
na estação de trem de Astapovo
Liev Tolstói
dava fim a sua fuga

aquele graveto verde
mágico
enterrado
por ele e o irmão Nicolai
nos arredores de Iásnaia Poliana
não legou-lhe o paraiso
e nem fez todos os homens felizes
(como assim sonhou o conde Lev)

Ah! Tolstói!
o buraco é mais embaixo.
Grande metáfora
aquela estação,a última, de sua  solidão eterna.
Aos diabos com a igreja
e a usura dos homens!

Há anos
tambem enterrei o meu graveto verde
no fundo do quintal da minha infância
 não me fiz feliz
tão pouco vi
esse estado estampando na cara
dos homens

7 comentários:

  1. Cícero,
    Adorei o blog e o poema falando de Tolstoi!Já estou seguindo.
    Falei com minha mãe e ela me contou sobre o encontro de vocês e a festinha no aniversário dela. :)
    Abraços,
    Renata.

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  2. Parabéns Cícero!

    Poetar é usar com alma a linguagem do coração!

    Marcia Mendes

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  3. Versos fortes ... cheios da sinceridade que tentamos esconder....parabéns

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  4. Ah! Tostoi!
    o buraco é mais embaixo.
    Grande metáfora

    Adorei o poema!

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  5. Bom dia, permita-me...
    Dizer que futuquei aqui até encontrar um diamante, literatura inteligente com profundidade erudita e ao mesmo tempo leve e agradável, parabéns amigo poeta e obrigado pela doação, paz ao teu coração e sejas feliz!

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  6. Claro que eu tinha que dar RT antes mesmo de vir ler, depois do convite pelo twitter, na certeza de que me encantaria
    Nada surpreendente, sendo escrito por vc amigo.
    Deparei-me com um poema lindo.
    O tema é forte suavizado em versos.
    Parabéns !!! Obrigada !!!

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  7. "[...] enterrei o meu graveto verde
    no fundo do quintal da minha infância
    não me fiz feliz
    tão pouco vi
    esse estado estampando na cara
    dos homens"


    Cosa linda! Parabéns, POeta.

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